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REPÚBLICA POPULAR DA CHINA
REPÚBLICA POPULAR DA CHINA

 

 

República Popular da China

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
Nota: Não confundir com República da China; para outros significados do termo, ver China.
中华人民共和国
(Zhōnghuá rénmín gònghéguó)

República Popular da China
Bandeira da China
Brasão de armas da China
Bandeira Brasão das armas
Hino nacional: Marcha dos Voluntários
Gentílico: chinês

Localização  República Popular da China
Capital Pequim
39°55′N 116°23′L
Cidade mais populosa Xangai
Língua oficial Chinês Mandarim¹
Governo República Socialista unipartidária²
 - Presidente Hu Jintao
 - Primeiro-ministro Wen Jiabao
Estabelecimento  
 - Declarada República Popular 1 de outubro de 1949 
Área  
 - Total 9.596.960 km² (3.º)
 - Água (%) 2,8
População  
 - Estimativa de 2007 1.321.851.888 hab. (1.º)
 - Densidade 136,1 hab./km² 
PIB (base PPC) Estimativa de 2009
 - Total US$ 8.791 trilhões[1] (2.º)
 - Per capita US$ 6.500[2] (107.º)
Indicadores sociais  
 - Gini (2007) 41,5  – alto
 - IDH (2007) 0,772[3] (92.º) – médio
 - Esper. de vida 73,0 anos (82.º)
 - Mort. infantil 23,0/mil nasc. (93.º)
 - Alfabetização 93,3% (80.º)
Moeda Renminbi (Yuan) (RMB¥)
Fuso horário (UTC+8)
Cód. ISO CHN
Cód. Internet .cn
Cód. telef. +86

Mapa  República Popular da China
¹ Co-oficial com Inglês em Hong Kong e Português em Macau.
²China, Encyclopaedia Britannica. Visitado em 21-02-2007.

A República Popular da China (RPC) (chinês simplificado:中华人民共和国, chinês tradicional:中華人民共和國; pinyin: ), vulgarmente conhecida como China, é o maior país da Ásia Oriental e o mais populoso do mundo, com mais de 1,3 bilhão de habitantes, aproximadamente um quinto da população da Terra. É uma república socialista governada pelo Partido Comunista da China sob um sistema de partido único[4] e tem jurisdição sobre 22 províncias, cinco regiões autônomas (Xinjiang, Mongólia Interior, Tibete, Ningxia e Guangxi), quatro municípios (Pequim, Tianjin, Xangai e Chongqing) e duas Regiões Administrativas Especiais com grande autonomia[5] (Hong Kong e Macau). A capital da República Popular da China é Pequim.[6]

Com aproximadamente 9,6 milhões de quilômetros quadrados, a República Popular da China é o terceiro ou quarto maior país do mundo em área total[7] e o segundo maior em área terrestre.[8] Sua paisagem é variada, com florestas de estepes e desertos (os de Gobi e Taklamakan) no norte seco, próximo da Mongólia e Sibéria (Rússia), e florestas subtropicais no sul húmido próximo ao Vietnam, Laos e Mianmar. O terreno do país, a oeste, é de alta altitude, com o Himalaia e as montanhas Tian Shan formando fronteiras naturais entre a China, a Índia e a Ásia Central. Em contraste, a costa leste da China continental é de baixa altitude e tem uma longa faixa costeira de 14.500 quilômetros, delimitada a sudeste pelo Mar da China Meridional e a leste pelo Mar da China Oriental, além de onde estão Taiwan, Coréia e Japão.

A antiga civilização chinesa, uma das primeiras do mundo, floresceu na bacia fértil do rio Amarelo, que atravessa a Planície Norte da China.[9] Por mais de 4.000 anos, o sistema político da China foi baseado em monarquias hereditárias (também conhecidas como dinastias). A primeira dessas dinastias foi a Xia (aproximadamente 2000 a.C)., mas mais tarde foi a dinastia Qin que unificou a China em 221 a.C. A última dinastia foi a Qing, que terminou em 1911 com a fundação da República da China (RC) pelo Partido Nacionalista Kuomintang (KMT). Na primeira metade do século XX a China mergulhou em um período de desunião e guerras civis que dividiram o país em dois principais campos políticos - o Kuomintang e os Comunistas. As hostilidades terminaram em 1949, quando a República Popular da China foi estabelecida na China pelos comunistas vitoriosos. O KMT, liderado pelo governo da República da China, recuou para Taipei, agora limitadando sua competência para a ilha de Taiwan e algumas ilhas adjacentes. Ainda hoje, a China está envolvida em disputas com a RC em relação a questões de soberania e do estatuto político de Taiwan.

A importância da China no mundo de hoje[10][11] como uma grande potência é refletida através de seu papel como terceira maior economia do mundo nominalmente (ou segunda maior em poder de compra) e como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, bem como sendo um membro de várias outras organizações multilaterais, incluindo a OMC, APEC, G-20 e da Organização para Cooperação de Xangai. Além disso, é reconhecido como um Estado com armas nucleares, além de possuir o maior exército do mundo em número de tropas e o segundo maior orçamento de defesa.

Desde a introdução de reformas baseadas no mercado econômico em 1978, a China tornou-se uma das mais rápidos economias em crescimento,[12] o segundo maior exportador e o terceiro maior importador de mercadorias do planeta. A rápida industrialização reduziu a sua taxa de pobreza de 53% em 1981 para 8% em 2001.[13] Entretanto, a República Popular da China está agora confrontada com uma série de outros problemas, incluindo um rápido envelhecimento da população, devido à política do filho único,[14] um crescente êxodo rural e a degradação ambiental.[15][16] Além disso, a China tem sido constantemente criticada por suas violações aos direitos humanos,[17] e por ter um histórico problemático de interferir na liberdade de imprensa.[18]

Índice

[esconder]

 História

Mao Zedong proclama a criação do República Popular da China em 1949.

A guerra civil chinesa terminou em 1949, quando o Partido Comunista chinês tomou o controle da China continental e o Kuomintang (KMT) recuou para a ilha de Formosa (Taiwan). Em 1º de outubro de 1949, Mao Tse-tung proclamou a República Popular da China, declarando que o "povo chinês se pôs de pé". O termo "China Vermelha" foi um nome freqüentemente usado para a China dentro do bloco capitalista, especialmente até meados dos anos 1970, quando as relações com o Ocidente melhoraram.

Após uma série de falhas econômicas dramáticas (que coincidiram com o Grande Salto Adiante), Mao Tse-tung deixou o cargo de presidente em 1959, sucedendo-o Liu Shaoqi. Mao manteve um grau considerável de influência sobre o partido, mas foi alijado da administração diária dos assuntos econômicos, que passou ao controle de Liu Shaoqi e Deng Xiaoping.

Em 1966, Mao e seus aliados lançaram a Revolução Cultural, que perduraria até a morte daquele dirigente chinês, dez anos mais tarde. A Revolução Cultural, motivada por uma luta pelo poder dentro do partido e por temores acerca da União Soviética, provocou um grande transtorno na sociedade chinesa. Em 1972, no auge da ruptura sino-soviética, Mao e Zhou Enlai encontraram-se com Richard Nixon em Pequim para estabelecer relações com os Estados Unidos. Naquele ano, a República Popular da China aderiu às Nações Unidas, substituindo a República da China (Taiwan) no assento permanente do Conselho de Segurança.

Após a morte de Mao em 1976 e a prisão da Camarilha dos Quatro, acusada dos excessos da Revolução Cultural, Deng Xiaoping rapidamente logrou tomar o poder das mãos de Hua Guofeng, sucessor escolhido por Mao. Embora Deng nunca tenha se tornado o chefe do partido ou do Estado, sua influência dentro da agremiação levou o país a implementar reformas econômicas de grande magnitude. Posteriormente, o Partido Comunista afrouxou o controle governamental sobre a vida pessoal dos chineses e dissolveu as comunas; muitos camponeses receberam terras, de modo a aumentar os incentivos à produção agrícola. Estes eventos marcaram a transição da China de uma economia planejada para uma economia mista com um mercado crescentemente mas livre, um sistema chamado por muitos de "socialismo de mercado". A China adotou a sua atual constituição em 4 de dezembro de 1982.

Em 1989, a morte de um funcionário favorável a reformas, Hu Yaobang, ajudou a precipitar os protestos da Praça da Paz Celestial, quando estudantes e outros organizaram manifestações durante meses em defesa de maiores direitos e da liberdade de expressão. As manifestações foram reprimidas em 4 de junho, quando começaram a digirir-se contra a corrupção no partido. Tropas do exército chinês entraram na praça e dispararam contra os manifestantes, o que resultou em grande número de vítimas. O acontecimento recebeu atenção da mídia ocidental e foi gravado em vídeo, de modo a provocar a condenação mundial e sanções contra o governo.

O Presidente Jiang Zemin e o premier Zhu Rongji, ambos ex-prefeitos de Xangai, lideraram a China após o caso da Praça da Paz Celestial, nos anos 1990. Durante a administração de Jiang, o desempenho econômico chinês tirou cerca de 150 milhões de camponeses da pobreza e manteve um crescimento médio do PIB da ordem de 11,2% ao ano. O país aderiu à OMC em 2001.

Geografia

Com uma superfície de 9.640.821 km² (ou 9.676.801 km², se incluído o território de Taiwan, que a República Popular da China reivindica), a República Popular da China é o segundo maior país da Ásia oriental após a Rússia e o terceiro ou quarto maior do mundo (a diferença é devida às questões de fronteira de Aksai Chin e da Região do Trans-Karakoram - ou vale de Shaksgam -, territórios reivindicados pela Índia, e a uma alteração no método empregado pelos EUA para calcular a sua área). A China possui fronteira comum com quatorze países: Afeganistão (76 km), Butão (470 km), Cazaquistão (1533 km), Coréia do Norte (1416 km), Índia (3380 km), Laos (423 km), Mianmá (2185 km), Mongólia (4677 km), Nepal (1236 km), Paquistão (523 km), Quirguistão (858 km), Rússia (3645 km), Tadjiquistão (414 km) e Vietnã (1.281 km), o que totaliza 22 117 km, a maior linha de fronteira do mundo.

O território chinês apresenta paisagens variadas. A leste, ao longo do litoral do mar Amarelo e do mar da China Oriental, há planícies aluviais densamente habitadas; já no extremo do planalto da Mongólia Interior, ao norte, encontram-se pradarias. A China meridional é dominada por colinas e cordilheiras baixas. No centro-leste encontram-se os deltas dos dois principais rios da China, o Huang He e o Yangtzé. Os rios Xijiang, Mecongue, Bramaputra e Amur também são importantes. A oeste, há grandes cordilheiras, como o Himalaia (onde está o ponto culminante na China, o monte Everest), e terrenos mais áridos, como o Taklamakan e o deserto de Gobi.

A China enfrenta problemas ambientais como o avanço dos desertos (em especial o de Gobi), poluição da água, do ar e industrial.

Com relação às emissões de carbono, a China está isenta dos limites fixados pelo Protocolo de Quioto. Desde que aquele tratado foi assinado, a China tornou-se um dos maiores emissores de carbono do mundo, o que contribui para o aquecimento global.

 Demografia

A China é o país de maior população de todo o planeta, com aproximadamente 1 bilhão e 338 milhões de habitantes (mil milhões e 338 milhões - PE) (estimativa de Julho de 2009), perfazendo um contigente de cerca de 20% da população mundial, o que equivale a dizer que de cada 5 habitantes do planeta, um é chinês.

Sua qualidade de vida, pelo método do PIB per capita, se compara a pobres países africanos. Enquanto que as grandes metrópoles chinesas não perdem em nada para cidades como Tóquio e Nova Iorque, a população rural - e a maioria absoluta da população concentra-se no campo e vive em condições de miséria totais, em alguns casos vivendo em condições idênticas há centenas de anos.

A população dos grandes centros (onde a população das cidades chega às cifras dos milhões) vivem razoavelmente bem. O mesmo não se verifica nas áreas rurais.

Em uma tentativa de limitar a sua população, a China tem adotado uma política que limita as famílias urbanas a ter uma criança e as famílias rurais a duas se a primeira for uma menina. Como os meninos são considerados economicamente mais úteis em áreas rurais, há uma elevada taxa de mulheres que procuram abortos para garantir que a segunda criança seja do sexo masculino. Isso resulta em uma relação de sexo de 119 meninos nascidos para cada 100 meninas. Isto levou as autoridades a destacar a importância das mulheres, e chegou a proibir o uso de métodos médicos para predizer o sexo do feto e punir severamente o aborto seletivo de meninas. Além disso, o estado acaba de empreender reformas em sua política de planejamento familiar, facilitando o controle da natalidade e incentivando economicamente às famílias com duas meninas.

 Cidades mais populosas da República Popular da China
 PosiçãoCidadeDivisãoPopulaçãoPosiçãoCidadeDivisãoPopulação

Pudong Skyline, Shanghai, PRC.jpg
Xangai
Beijingcbd1.jpg
Pequim
Tianhe, Guangzhou 17 July 2009.png
Cantão

1 Xangai Xangai 14 460 000 11 Chongqing Chongqing 4 150 000
2 Pequim Pequim 12 770 000 12 Chengdu Sichuan 3 860 000
3 Cantão Cantão 11 810 000 13 Hangzhou Zhejiang 3 410 000
4 Shenzhen Cantão 11 710 000 14 Xi'an Shaanxi 3 340 000
5 Dongguan Cantão 7 650 000 15 Qingdao Xantum 3 330 000
6 Tianjin Tianjin 7 200 000 16 Harbin Heilongjiang 2 980 000
7 Hong Kong Hong Kong 6 985 200 17 Changchun Jilin 2 440 000
8 Wuhan Hubei 5 240 000 18 Changsha Hunan 2 390 000
9 Shenyang Liaoning 4 560 000 19 Nanchang Jiangxi 2 310 000
10 Nanquim Jiangsu 4 150 000 20 Shijiazhuang Hebei 2 270 000
Censo 2008
 

 Religião

 Política

O governo da China tem sido descrito como autoritário, comunista e socialista, com pesadas restrições em diversas áreas, em especial no que se refere às liberdades de imprensa, de reunião, de movimento, de direitos reprodutivos e de religião, além de obstáculos ao livre uso da internet. Seu atual chefe supremo é o Presidente Hu Jintao; o primeiro-ministro é Wen Jiabao. O país é governado pelo Partido Comunista da China (PCC), cujo monopólio sobre o poder é garantido pela constituição chinesa. Há outros partidos políticos no país, que participam da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês e do Congresso Nacional Popular, embora sirvam principalmente para endossar as políticas adotadas pelo PCC. Há sinais de abertura política, com eleições competitivas nos níveis de vila e cidade, mas o partido mantém o controle efetivo sobre as nomeações governamentais.

Embora a constituição contenha direitos e garantias individuais, a República Popular da China é considerada um dos países menos livres em termos de liberdade de imprensa,[19] e é comum a censura à manifestação de opiniões e de informações. A China é freqüentemente alvo de críticas de ONGs e outros governos devido a violações graves de direitos humanos, como no caso de prisões sem julgamento, confissões forçadas, tortura, maus-tratos a prisioneiros e outros.

Com uma população de mais de 1,3 bilhão de pessoas (1,3 mil milhões - PE), a China mantém uma política rígida de planejamento familiar, centrada no conceito de "uma criança por família". O objetivo do governo é estabilizar o crescimento populacional no início do século XXI. Há denúncias de abortos e esterilização forçados por parte de funcionários locais, obrigados a impedir o crescimento da população. Há um desequilíbrio de sexos na população chinesa devido a uma tradicional preferência chinesa por meninos, o que levou o governo a proibir o uso de ultra-sonografia na gravidez para fins de seleção do sexo da criança.[20]

 Relações exteriores

Em 1971, a República Popular da China substituiu a República da China (Taiwan) como representante da China nas Nações Unidas e como um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança daquela organização.

Conforme a política de uma China, a República Popular exige, como precondição para estabelecer relações diplomáticas, que o outro país reconheça a sua reivindicação sobre o território ocupado por Taiwan e rompa todos os vínculos com o governo da República da China.

A China tem buscado criar áreas de livre comércio e pactos de segurança entre os seus vizinhos da Ásia-Pacífico, em alguns casos com a exclusão dos Estados Unidos (como na Cúpula da Ásia Oriental). Também é membro fundador da Organização para Cooperação de Xangai (OCX), juntamente com a Rússia e as repúblicas da Ásia Central.

Boa parte da política externa da República Popular da China baseia-se no conceito da ascensão pacífica da China, embora ocorram por vezes incidentes com outros países, como os EUA (bombardeio da Embaixada da China em Belgrado em 1999 e acidente com avião-espião em 2001) e o Japão (recusa deste último em reconhecer satisfatoriamente, do ponto de vista chinês, as atrocidades nipônicas durante a guerra). As relações com países ocidentais sofreram em conseqüência da repressão aos protestos na Praça da Paz Celestial, em 1989.

A China mantém algumas questões de fronteira com países vizinhos que já levaram a guerras nos últimos 50 anos, inclusive a guerra sino-indiana de 1962, o conflito fronteiriço sino-soviético de 1969 e a guerra sino-vietnamita de 1979. Em 2001, a China e a Rússia assinaram o Tratado de Boa Vizinhança e Cooperação Amistosa que permitiu a transferência, em 2004, da ilha de Yinlong e de metade da ilha de Heixiazi para a China, de modo a encerrar uma longa controvérsia sino-russa de fronteira. Há outras questões fronteiriças, como a das ilhas nos mares da China Oriental e Meridional, e fronteiras indefinidas ou contestadas com a Índia, o Tadjiquistão e a Coréia do Norte.

A China é membro da OMC, FMI, APEC, AIEA, UNESCO, OMS, ISO e outros organismos internacionais.

Símbolos nacionais

Bandeira

A bandeira nacional da República Popular da China é vermelha com cinco estrelas amarelas no canto superior esquerdo. Todas as estrelas são de cinco pontas, sendo que a estrela maior simboliza o PCC (Partido Comunista da China), e as quatro menores estrelas simbolizam o povo chinês. A relação das estrelas significa a união popular sob o comando do PCC. A cor vermelha da bandeira simboliza a revolução de 1949, e a cor amarela das estrelas é para destacar a claridade da terra vermelha.

Brasão de armas

O brasão de armas da República Popular da China (中华人民共和国国徽) contém uma representação da porta de entrada da Cidade Proibida na Praça Tiananmen em Pequim, num círculo vermelho. Por cima desta representação estão cinco estrelas que se encontram também na bandeira da República Popular da China. As cinco estrelas representam a união dos povos chineses. Algumas pessoas interpretam estas cinco estrelas como a união das cinco principais nacionalidades, enquanto que outras interpretam como as cinco principais classes sociais.

O círculo é rodeado por uma borda que contém espigas de arroz e de trigo, que simbolizam a filosofia Maoísta de uma revolução da agricultura, assim como os agricultores. Na parte inferior encontra-se uma roda dentada que representa os operários industriais.

Estes elementos, no seu conjunto, foram concebidos para simbolizarem as lutas anti-imperialistas e antifeudais do povo chinês desde o Movimento do 4 de Maio, e da coligação dos proletariados que fundaram a República Popular da China.

O emblema foi concebido pelo arquitecto Liang Sicheng. Foi oficializado como emblema nacional a 20 de Setembro de 1950, pelo Governo Central do Povo.

Hino nacional

Marcha dos Voluntários (em chinês: 義勇軍進行曲; em pinyin: Yiyonggjun Jinxingqu) é o actual hino nacional da República Popular da China. Foi adoptado em 1949 quando o Partido Comunista Chinês subiu ao poder, substituindo o anterior hino "San Min Chu I", que posteriormente foi adoptado como hino nacional de Taiwan. Marcha dos Voluntários tem letra de Tian Han em música de Nie Er.

Subdivisões

A República Popular da China é subdividida em 23 províncias, cinco regiões autônomas, quatro cidades administradas directamente pelo governo central e duas Regiões Administrativas Especiais.

 Economia

Edifício da Bolsa de Valores de Xangai no centro financeiro de Pudong, Xangai.

A economia chinesa é notada por alto nível de crescimento orientado à exportação. A sua transformação em economia mista,[22] foi iniciada por Deng Xiaoping em 1978, após a falha da economia planificada em desenvolver os sistemas produtivos chineses a níveis aceitáveis.[23]

As reformas de Xiaoping incluíram a privatização das fazendas, o que pôs fim à agricultura coletiva,[24] e de indústrias estatais que fossem consideradas de baixo desempenho na época, como mineração e produtos básicos (roupas, processamento de alimentos), entre outras. Em 1997 a China abandonou de vez o socialismo de mercado para o capitalismo convencional, acabando com o principio de propriedade estatal e executando um segundo maciço programa de privatização. Para selar sua condição de economia globalizada, em 2001 a China foi aceita na Organização Mundial do Comércio.[25] Atualmente, 70% da economia da China é privada, e este número continua crescendo.[26]

Vista do distrito financeiro de Pudong, em Xangai.

Este robusto crescimento econômico, combinado com excelentes fatores internos como estabilidade política, grandes reservas em moeda estrangeira (a maior do mundo, com US$ 818,9 bilhões),[27] mercado interno com enorme potencial de crescimento, faz com que a China seja atualmente um dos melhores locais do mundo para investimentos estrangeiros, com uma avaliação de risco (Moody's) A2, índice considerado excelente.[28]

Houve nos últimos anos um aumento significativo da qualidade de vida dos chineses. Apenas 10% da população vive abaixo da linha da pobreza e 99,8% dos jovens são alfabetizados (em comparação com 69,9% da década de 1980). A expectativa de vida chinesa é a terceira maior do leste asiático, com 71,9 anos, atrás de Japão, com 82,2, e de Coréia do Sul, com 77,3.

Crescimento do PIB nominal chinês de 1952 a 2005.

Apesar do progresso significativo dos últimos anos, existem grandes obstáculos para o crescimento chinês a longo prazo. A rápida piora da distribuição de renda é um desses problemas, com um coeficiente de Gini em 44,1 e cada vez maior.[29] Outro grande problema é o previdenciário que, com a política de uma criança apenas e aumento da expectativa de vida, está começando a apresentar grandes desequilíbrios no fluxo de caixa, sendo cada vez menor a relação entre trabalhadores contribuintes por aposentado. Outro problema é a diferença de desenvolvimento econômico entre as áreas costeiras, principalmente ao norte da China, e o seu interior, ainda predominantemente agrário e de baixa renda, o que foi exarcebado com a liberação do mercado, pois os investidores preferem investir em áreas com melhor infraestrutura e trabalhadores mais qualificados.[30]

A China tem uma reputação de produtor de bens industriais a baixo custo. Este fato se deve a sua mão-de-obra barata, o não pagamento de licenças de alguns produtos e os baixos impostos.

Infra-estrutura

 Educação

Principais universidades da China
Taxa de alfabetização

15 anos ou mais que podem ler e escrever:

  • Total: 90,9% (2002)
  • Homens: 95,1% (2002)
  • Mulheres: 86,5% (2002)

 Transportes

O Transporte no país melhorou bastante depois de 1990, como parte de um esforço do governo para ligar toda a nação através de uma série de vias expressas conhecido como Trunk National Highway System (NTHS). O comprimento total da via expressa é 61,000 km no final de 2008, perdendo apenas para os Estados Unidos. A China tem também a rede ferroviária de alta velocidade mais longa do mundo com mais de 6.500 km de malha . O Transporte aéreo também cresceu muito, porém ainda não é acessível a grande maioria. As longas distâncias são geralmente feitas através de trens e ônibus fretados, e as ferrovias são todas controladas pelo estado. As Cidades de Pequim e Xangai têm desenvolvido muito o seus sistemas de metropolitanos e de VTL's, e também várias grandes cidades da China, assim como criam-se a cada ano várias vias de trânsito rápido. Prova disso é que Hong Kong possui um dos sistemas de metrô mais modernos do mundo e Xangai tem uma linha de Maglev, que liga a área urbana ao Aeroporto Internacional de Pudong.

 Cultura

 Arte

Montanha de Wu xia hou yan.

A China tem a mais longa tradição cultural do mundo, com uma história contínua de mais de 3.000 anos. A cultura chinesa conheceu uma notável longevidade e expansão geográfica que remonta pelo menos ao terceiro milênio, altura em que este povo se concentrava na região do Rio Amarelo. A periodização da civilização chinesa foi estabelecida através das diferentes dinastias que governaram a nação, desde as precursoras Shang (1650 a.C.-1027 a.C.), cujas produções culturais se enquadram no período do bronze, e Zhou (1027 a.C.-256 a.C.). Foi durante a época Tang (618-907 d. C.) que o país atingiu a maior dimensão territorial de toda a sua história. Seguiram-se a Época Sung (960-1279), a dinastia Ming (1368-1644) e o período Qing ou Manchu, que correspondeu à última dinastia imperial (1644-1911).

Caracterizada pela serenidade e permanência das formas expressivas e pela rigidez de valores estéticos, a cultura chinesa procurou sempre, através das suas realizações artísticas, a harmonia com o universo. Com a abertura da cultura chinesa ao exterior, verificada durante a dinastia Ching tornou-se evidente, em paralelo com a exportação de artefatos artísticos para todo o mundo ocidental, a apropriação pela China de outras linguagens estéticas.

A arte chinesa é significativa não apenas pela beleza, mas também porque foi a maior fonte de inspiração para todo o Oriente - Japão, Coréia, Tibete, Mongólia, Indochina e Ásia Central. A Europa também deve à China muitos dos seus impulsos artísticos, bem como a introdução de variadas técnicas, principalmente na cerâmica e na tecelagem.

A postura em relação às artes apresentava muitas diferenças entre a China e o Ocidente. O amador erudito, por exemplo, tinha geralmente um status mais elevado do que o profissional, e não havia distinção entre belas-artes e artes aplicadas. Na verdade, a caligrafia na China há muito tempo já era considerada a mais nobre das artes.

Pintura com caracteres descritivos do objecto ilustrado.

A pintura era uma forma desenvolvida da caligrafia, e ainda hoje as duas apresentam relações bem próximas. O pintor, em vez de pintar seus quadros em telas ou madeira com tintas a óleo, geralmente trabalhava em seda ou papel com aquarela. Além disso, a vitalidade e o ritmo das pinceladas eram mais importantes que o naturalismo da representação.

O escultor utilizava pedra, madeira ou bronze, mas algumas vezes modelava ou revestia suas obras com laca, uma forma de arte originária da China. A porcelana também foi fabricada pela primeira vez na China, mais de mil anos antes que o segredo de sua manufatura fosse conhecido na Europa, no início do século XVIII. O jade é outro tipo de material associado à China, tendo sido utilizado na confecção de objetos rituais, armas cerimoniais, jóias e pequenas esculturas.

As casas dispõem na maioria das vezes de um só andar, espalhando-se por grandes terrenos, com jardins e pátios entre as várias alas, embora palácios, templos e pagodes sejam mais altos. Os telhados também são construídos sobre portões, pontes, muralhas e monumentos. Vários telhados aparecem muitas vezes uns sobre outros, com os beirais formando graciosas curvas para cima, uma das características mais típicas da arquitetura chinesa.

Depois de um período pré-histórico bastante obscuro, a evolução da arte chinesa pode ser dividida em cinco longos períodos, para os quais, no entanto, não existem limites bem claros. Registros definitivos datam da segunda parte da dinastia Shang (1711 a.C.-1066 a.C.), cujos trabalhos mais importantes são os vasos de bronze para sacrifícios, de formas rígidas e decorados principalmente com motivos animais, de significado religioso.

O segundo período tem início com a unificação da China em 221 a.C., durante a dinastia Qin, com o imperador Shi Huangdi, o construtor da Grande Muralha. Objetos de bronze e jade constituem os mais importantes exemplos da arte deste período; além disso, também foram encontrados vasos de cerâmica vitrificada e figuras em sepulturas.

Um dos acontecimentos mais importantes da dinastia Han (206 a.C.-220 d.C.) foi a introdução do budismo, proveniente da Índia e da Ásia Central, uma vez que os templos e mosteiros budistas se tornaram os grandes patrocinadores e guardiões das artes. Os exemplos mais bem preservados são aqueles que, seguindo o modelo indiano, foram escavados nas faces das rochas, decorados com esculturas e afrescos. Estes templos pertencem ao terceiro período da arte chinesa, cujo clímax foi atingido pelas dinastias Sui (581-618) e Tang (618-907). A China foi unificada após um período de invasões e guerra civil, quando todas as artes floresceram.

O século X marca o início do quarto período, que culminou na dinastia Song (960-1279), época em que a arte chinesa atingiu seu apogeu. O grande feito destes séculos foi a transformação da simples pintura de paisagens numa arte maior, muito antes de a Europa ter vislumbrado tal possibilidade. Teve a mesma importância neste período a cerâmica, inigualável tanto pela nobreza da forma quanto pela beleza da decoração.

Cerâmica da dinastia Qing, do acervo do Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

O último grande período da arte chinesa vai do reinado dos imperadores Ming (1368-1644) até a última dinastia dos Manchu ou Qing (1644-1911). A pintura e a cerâmica mantiveram o alto nível e novas técnicas de fabricação de porcelana foram desenvolvidas, especialmente a pintura azul vitrificada e a utilização de cores esmaltadas sobre a vitrificação.

Notável habilidade também foi demonstrada nos trabalhos de escultura em marfim e jade, e no esmalte cloisonné (técnica francesa). No século II, uma combinação de influências ocidentais e de outras oriundas da revolução minaram a tradicional arte chinesa.

A revolução comunista de 1949 e a criação da República Popular da China sob a liderança de Mao Tsé-Tung introduziram uma incontornável dimensão política em todas as formas de expressão artística. Os movimentos vanguardistas foram banidos e tachados como "formalismo burguês". Por outro lado, a revolução também propiciou o renascimento de formas artísticas ancestrais e ensinou o povo a valorizar suas tradições no campo das artes, o que resultou em valiosa restauração e descoberta de tesouros artísticos do passado, como o folclore, que foi assumido como valioso produto de exportação e importante fonte de rendimentos.

 Feriados

DataNome em portuguêsNome localObservações
1 de Janeiro Ano Novo 元旦  
1 de Maio Dia do Trabalho 劳动节  
4 de Maio Dia da Juventude 青年节 Em comemoração do Movimento do 4 de Maio
1 de Julho Dia da fundação do Partido Comunista da China 建党节 Em comemoração do primeiro Congresso Nacional em 1 de Julho de 1921
1 de Agosto Dia do Exército 建军节 Revolta de Nanchang (南昌起义) em 1 de Agosto de 1927
1 de Outubro Feriado Nacional 国庆节 Em comemoração da fundação da República Popular da China em 1 de Outubro de 1949
1° dia do 1° mês do calendário chinês Ano Novo Chinês (Festa da primavera) 春节  
15° dia do 1° mês do calendário chinês Festival das Lanternas 元宵节  
5th Solar Term. Começo de Abril Qing Ming Jie (Tomb Sweeping Day) 清明节  
5° dia do 5° mês do calendário chinês Dragon Boat Festival (Dragon Festival) 端午节  
7° dia do 7° mês do calendário chinês Double Seven Festival 七夕 Versão chinesa do Dia dos Namorados
15° dia do 7° mês do calendário chinês Spirit Festival (Ghost Festival) 中元节  
15° dia do 8° mês do calendário chinês Mid-Autumn Festival (Moon Festival) 中秋节  
9° dia do 9° mês do calendário chinês Double Ninth Festival 重阳节  

Referências

  1. CIA World Factbook - GDP PPP
  2. CIA World Factbook - GDP PPP Per capita Rankings
  3. PNUD, http://www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/reportagens/index.php?id01=3324&lay=pde, 05 de Outubro de 2009
  4. Walton, Greg. China's golden shield: corporations and the development of surveillance technology in the People's Republic of China. [S.l.]: Rights & Democracy, 2001. pp. 5.
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  6. "CONSTITUTION OF THE PEOPLE'S REPUBLIC OF CHINA (Adopted on December 4, 1982)", People.com, 29 de maio de 2007. Página visitada em 2009-05-09.
  7. Area rank is disputed with the United States and is either ranked third or fourth. See List of countries and outlying territories by area for more information.
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  9. Rivers and Lakes. China.org.cn. Página visitada em 2009-06-15.
  10. Gordon, Peter. Review of "China: The Balance Sheet -- What the World Needs to Know Now About the Emerging Superpower". The Asia Review of Books. Página visitada em 2007-12-24.
  11. Miller, Lyman. China an Emerging Superpower?. Stanford Journal of International Relations. Página visitada em 2007-12-24.
  12. Country profile: China. BBC News (2009-07-01). Página visitada em 2009-07-14.
  13. Fighting Poverty: Findings and Lessons from China’s Success (World Bank). Retrieved 10 August 2006.
  14. Jim Landers [China's rapidly aging population may strain its economy August 11, 2008. Accessed October 15, 2008.
  15. Beijing’s Olympic Quest: Turn Smoggy Sky Blue - New York Times
  16. "Asia-Pacific | China fails environment targets", BBC News, 2007-01-10. Página visitada em 2009-06-15.
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  18. Reporters Sans Frontières. Rsf.org (2009-04-30). Página visitada em 2009-07-14.
  19. Worldwide Press Freedom Index 2005, Repórteres Sem Fronteiras.
  20. Quagio, Ivan. [2009] (2009). Olhos Abertos - A História da Nova China. São Paulo: Editora Francis. ISBN 978-85-89362-95-5
  21. Em pinyin, Shandong. A forma vernácula "Xantum" é registrada no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, e no Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa: Nomes Próprios, de Antenor Nascentes.
  22. China: uma economia de mercado
  23. A herança de Deng Xiao Ping
  24. [1] China em Busca da Terceira Reforma Agrária
  25. "O novo gigante do mercado", Veja
  26. "China Is a Private-Sector Economy", BusinessWeek
  27. "Reservas cambiais da China crescem 34,3% e alcançam patamar recorde", clipping do Ministério do Planejamento do Brasil
  28. "Hong Kong, China ratings may be upgraded in a few months", Forbes
  29. Human development reports 2006
  30. Disparidades Regionais na China: do planejamento Central do PCC à globalização

 Ver também

 
Bandeira da República Popular da ChinaRepública Popular da China
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